E, a todo o instante, um querer me devora.
É interessante o rubor que me cora,
Fora, senhora, e por dentro uma errante.
Não tem um nome o clamor que me invade,
E, sem alarde, me gera essa fome.
Essa vontade que já me consome,
Que nunca some e é um instinto covarde.
Eu tanto anseio que espanto esse medo,
Num arremedo de sonho e enleio.
Só no meu seio eu o guardo em segredo.
Mas não me apraz um prazer corrompido,
Nem o estampido em paixão satisfaz...
Eu busco a paz por detrás do alarido.
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Um comentário:
As rimas internas deste ficaram sensacionais.
Fora a mensagem.
Uma delícia.
Eu tô dizendo.
Você é pró!
rsrs
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